Nosso silêncio pode ser interno ou externo, penso eu, de um modo em que o silêncio externo é quando o mundo se cala pra nós, como se assim quisesse nos mostrar o quão alto grita nossa alma. E o interno é quando nós nos calamos para o mundo, como se assim quiséssemos mostrar o quanto pesa nossa ausência de barulho interior.
É isso mesmo?
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Caio F.
"Não muito confuso, assim confrontado com sua explícita incapacidade de lidar com. A palavra não vinha. Podia fazer mil coisas a seguir. Mas dentro de qualquer ação, dentes arreganhados, restaria aquela sua profunda incapacidade de lidar com. Um instante antes de bater outra, colocar uma velha Billie Holiday e sentar na máquina para escrever, ainda pensou: gosto tanto de você, baby. Só que os escritores são seres muito cruéis, estão sempre matando a vida à procura de histórias. Você me ama pelo que me mata. E se apunhalo é porque é para você, para você que escrevo — e não entende nada."
http://semamorsoaloucura.blogspot.com/2007/07/anotaes-insensatas.html
Pra sempre o Caio vai ter um lugar no meu tempo e na minha vida conturbada.
Simplesmente para lê-lo e sentir que alguém no mundo já conseguiu escrever exatamente o que eu queria, mas não consegui.
http://semamorsoaloucura.blogspot.com/2007/07/anotaes-insensatas.html
Pra sempre o Caio vai ter um lugar no meu tempo e na minha vida conturbada.
Simplesmente para lê-lo e sentir que alguém no mundo já conseguiu escrever exatamente o que eu queria, mas não consegui.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
FUTURO
(...) Elas não estavam no meu roteiro. Não estavam no meu futuro. O que era o futuro? O futuro era uma parede sólida, nem promissora, nem ameaçadora - puro palavrório. Nenhuma garantia de nada, nem mesmo a garantia de que a vida não seja uma grande piada.
(Bob Dylan)
(Bob Dylan)
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Dia das crianças
E quem disse que eu não posso ser uma também?
Qua saudade de acordar nesse dia tão mágico e achar presentes na beirada da minha cama. Os presentes nada tinham de especiais, eram sempre pequenas lembrancinhas, mas que me faziam imensamente feliz. Engraçado como é o tempo. Naquela época eu ficava feliz com coisas tão banais, tão simples e tão singelas. Parece que quanto mais o tempo vai passando, mais vai se tornando dificil ficar feliz.
As preocupações aumentam, os problemas, as lamúrias... tudo fica maior e quase não sobra espaço pra ser, de fato, feliz. E a gente entra num ciclo tão vicioso e tão cômodo que nem percebe! O nome desse ciclo é rotina, e acho que é por isso que a infância é tão sublime pra mim. Porque ser criança significa não ter rotina. Significa ser sensível, ser observador, ser aberto. Significa ter o desconhecido na palma das mãos.
E como eu gosto de tudo que é desconhecido, misterioso, distante...
O segredo está em sim, continuar com a nossa rotina diária, mas tratar de impedir a rotina de pensamentos, de sonhos, de idéias.
Meu nome é Juliana e minhas concepções mudam de hora em hora. Quero voltar a ser criança. Vamos procurar tatu-bolinha comigo?
Qua saudade de acordar nesse dia tão mágico e achar presentes na beirada da minha cama. Os presentes nada tinham de especiais, eram sempre pequenas lembrancinhas, mas que me faziam imensamente feliz. Engraçado como é o tempo. Naquela época eu ficava feliz com coisas tão banais, tão simples e tão singelas. Parece que quanto mais o tempo vai passando, mais vai se tornando dificil ficar feliz.
As preocupações aumentam, os problemas, as lamúrias... tudo fica maior e quase não sobra espaço pra ser, de fato, feliz. E a gente entra num ciclo tão vicioso e tão cômodo que nem percebe! O nome desse ciclo é rotina, e acho que é por isso que a infância é tão sublime pra mim. Porque ser criança significa não ter rotina. Significa ser sensível, ser observador, ser aberto. Significa ter o desconhecido na palma das mãos.
E como eu gosto de tudo que é desconhecido, misterioso, distante...
O segredo está em sim, continuar com a nossa rotina diária, mas tratar de impedir a rotina de pensamentos, de sonhos, de idéias.
Meu nome é Juliana e minhas concepções mudam de hora em hora. Quero voltar a ser criança. Vamos procurar tatu-bolinha comigo?
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
EM OUTRAS PALAVRAS...
Pra complementar o que eu falei, ou pra dar mais sentido, ou pra simplesmente constar aqui.
"Eu não procuro me compreender. Não sei se vou gostar do que vou encontrar e não sei se irei ter vontade ou necessidade de mudar o que não gostar. A mágica de viver é aprender a perceber facilmente tudo que rodeia meu exterior, pois é muito mais fácil mudar os outros que a mim mesmo, ao invés de me perder olhando para dentro, buscando algo que pode nem existir."
Paulo Siebra
"Eu não procuro me compreender. Não sei se vou gostar do que vou encontrar e não sei se irei ter vontade ou necessidade de mudar o que não gostar. A mágica de viver é aprender a perceber facilmente tudo que rodeia meu exterior, pois é muito mais fácil mudar os outros que a mim mesmo, ao invés de me perder olhando para dentro, buscando algo que pode nem existir."
Paulo Siebra
ANH?
Acho que para me entender por completo é preciso ter uma certa dose de loucura. A mesma que me nego às vezes, em susto, após atravessar um imenso e monótono cotidiano, andando pelos meus labirintos coloridos desse meu interior sempre previsto, sempre previsível, embora absurdo.
Faz algum sentido? Prefiro assim...
Faz algum sentido? Prefiro assim...
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
SAPO ENGORDA
Incrível. Foi só parar de engolir alguns sapos que comecei a perder peso.
Sapos são gordurosos, calóricos, asquerosos e alguns podem ser até venenosos.
Aqui vai uma dica: excluam os sapos de suas dietas. JÁ! Experiência própria!
Sapos são gordurosos, calóricos, asquerosos e alguns podem ser até venenosos.
Aqui vai uma dica: excluam os sapos de suas dietas. JÁ! Experiência própria!
terça-feira, 8 de setembro de 2009
NÓS POR NÓS MESMOS

Que tal simplificar?
Ninguém é responsável por ninguém, muito menos por seus sentimentos. Ninguém tem esse direito sobre as pessoas, de fazer brotar algo onde o solo simplesmente não é fértil. Não é assim. Sabe o que me faz acordar todas as manhãs com um sorriso estampado na cara? Saber que EU tenho a responsabilidade de ME fazer feliz. Eu tenho a obrigação de ME sentir bem, de ME realizar, sem precisar depositar esse dever em alguém. Por isso, tome nota aí, você é responsável por aquilo que sente. Seu coração, sua vontade, seus sonhos, sua vida, são só seus e de mais ninguém. Isso mesmo. No fundo, lá no fundo, a gente sempre tem culpa. E que bom que a culpa é nossa. Pelo menos podemos NOS perdoar sem depender do outro. (Chega de depender do outro!). A gente se perdoa e pronto, instantaneamente as coisas se resolvem.
Afinal, nem tudo pode ser como a gente quer, nem tudo sai como a gente espera, mas isso não quer dizer que não valha a pena.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
A DESPEDIDA
"Eu estou indo" - disse o Medo, arrastando a sua mala para o corredor.
"Isso significa que eu não terei mais medo?" - perguntei.
"Não é bem assim" - disse o Medo, "a Apreensão decidiu ficar".
Eu sorri, desejei ao Medo tudo de bom e o olhei abrir a minha porta da frente, bastante anisoso.
"Talvez algum dia te veja novamente" - disse ele quase sorrindo enquanto se dirigia para o táxi.
"Talvez" - eu disse, não querendo ser rude.
E então ele se foi.
Fechei a porta, respirei fundo e sorri, apreensivamente.
"Isso significa que eu não terei mais medo?" - perguntei.
"Não é bem assim" - disse o Medo, "a Apreensão decidiu ficar".
Eu sorri, desejei ao Medo tudo de bom e o olhei abrir a minha porta da frente, bastante anisoso.
"Talvez algum dia te veja novamente" - disse ele quase sorrindo enquanto se dirigia para o táxi.
"Talvez" - eu disse, não querendo ser rude.
E então ele se foi.
Fechei a porta, respirei fundo e sorri, apreensivamente.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
GRITOS
Há pouco tempo, o Gabriel começou a gritar. Sim, a gritar. Fiquei me perguntando onde ele havia aprendido isso. Será que foi no convívio, me vendo gritar de brincadeira? Ou isso não tem nada a ver?
Ser mãe de primeira viagem tem dessas coisas. De repente seu filho começa a fazer algo e você não sabe lidar com aquilo. Os gritos se encaixam nesse quesito. De verdade, eu não fazia ideia que um bebe pudesse gritar com tanto vigor. E o mais interessante é que não existe um manual onde a gente possa olhar e descobrir a resposta para esse comportamento.
Às vezes acho que os gritos funcionam como uma forma de chamar a atenção. O Gabriel quer que eu olhe pra ele, brinque, coloque no colo, saia com ele pela casa afora… E, não muito raramente, ele grita porque está irritado, com sono ou entediado.
A maternidade aprimora o simples exercício da observação. Não dá para concluir que ele está berrando apenas porque quer fazer birra. Existe uma porção de significados. E é preciso perceber, ponderar, seguir a intuição.
Hoje cedo, enquanto eu trocava minha roupa, coloquei o Biel no berço. Em menos de dois minutos, o quarto se transformou em um caos. Ele berrava e jogava tudo no chão. Respirei fundo, carreguei "a fúria" pra minha cama, espalhei os brinquedos e deixei que ele ficasse ali a me observar. Sucesso! Eles se acalmou na hora. Só queria, afinal, ficar perto de mim. Mas, vale saber, essa fórmula não funciona sempre.
Como eu disse é um aprender constante. E um perceber também.
Ser mãe de primeira viagem tem dessas coisas. De repente seu filho começa a fazer algo e você não sabe lidar com aquilo. Os gritos se encaixam nesse quesito. De verdade, eu não fazia ideia que um bebe pudesse gritar com tanto vigor. E o mais interessante é que não existe um manual onde a gente possa olhar e descobrir a resposta para esse comportamento.
Às vezes acho que os gritos funcionam como uma forma de chamar a atenção. O Gabriel quer que eu olhe pra ele, brinque, coloque no colo, saia com ele pela casa afora… E, não muito raramente, ele grita porque está irritado, com sono ou entediado.
A maternidade aprimora o simples exercício da observação. Não dá para concluir que ele está berrando apenas porque quer fazer birra. Existe uma porção de significados. E é preciso perceber, ponderar, seguir a intuição.
Hoje cedo, enquanto eu trocava minha roupa, coloquei o Biel no berço. Em menos de dois minutos, o quarto se transformou em um caos. Ele berrava e jogava tudo no chão. Respirei fundo, carreguei "a fúria" pra minha cama, espalhei os brinquedos e deixei que ele ficasse ali a me observar. Sucesso! Eles se acalmou na hora. Só queria, afinal, ficar perto de mim. Mas, vale saber, essa fórmula não funciona sempre.
Como eu disse é um aprender constante. E um perceber também.
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