quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A m o r . . .



"Eu sempre achei que o amor, que o grande amor, fosse incondicional. Que quando houvesse um grande encontro entre duas pessoas, tudo pudesse acontecer. Porque se aquele fosse o grande amor, ele sempre voltaria triunfal... Mas nem todo amor é incondicional. Acreditar na eternidade do amor é precipitar o seu fim. Porque você acha que esse amor aguenta tudo, então de um jeito ou de outro você acaba fazendo esse amor passar por tudo... Um grande amor não é possível. E talvez por isso é que seja grande – para que nele caiba o impossível.

Eu sempre achei que o amor, que o grande amor, fosse incondicional. Que quando duas pessoas se encontram, quando este Encontro acontece, pode trair, brochar, azar, todas as porradas... Sendo o grande amor, ele voltará triunfal, sempre. Mas não, nenhum amor é incondicional. Então, acreditar na incondicionalidade é decididamente precipitar o fim do amor. Porque você acha que esse amor aguenta tudo, então de um jeito ou de outro você acaba fazendo esse amor passar por tudo... E um amor não aguenta tudo. Nada nessa vida é assim. Daí você fala que esse amor não tem fim, para que o fim, então, comece. Um grande amor não é possível – e talvez por isso é que seja grande. Assim, nele obrigatoriamente cabe, tem de caber, também o impossível. Mas quem acredita? Quem acredita no impossível, se não apaixonadamente? Como a um Deus, incondicionalmente?"


(Afinal, o que querem as mulheres? - André Newmann)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Morte



O ponto final sempre chega. A morte é infalível. As pessoas morrem. Ponto. Parágrafo.

Não que a gente se lembre disso sempre. Eu acho na verdade que fazemos questão de esquecer. Quando morre uma Dercy Gonçalves da vida, símbolo de longevidade, me pego matutando ali por uns cinco minutos (com direito a toda aquela sensação de garganta entalada e frio na espinha característicos do excesso de consciência), imagino como será quando eu morrer e como as pessoas que convivem comigo irão levar a vida sem mim. Eis que cai a minha ficha... tudo há de correr perfeitamente sem a minha presença, a normalidade deve se restabelecer alguns dias depois do primeiro verme beliscar minha carne podre. Mas, felizmente, esses devaneios tolos passam depressa. Santo computador, internet, facebook, música... ah, maravilha, salva da lucidez por mais algum tempo. Mas ela volta.

Às vezes é confortável pensar na morte como a visita de uma caveira mal-encarada, portando uma foice, sedenta por almas, talvez com alguma compaixão, além de certa repulsa pelo trabalho monótono, eterno. Pensemos bem, sua situação não é muito melhor que a nossa. Apesar de ser imbatível e eterna, a morte é para sempre morte.

Se nossa vida na Terra existe para forjar algum sentido, alguma filosofia, algumas igrejas, a pobre coitada da morte tem a certeza de caminhar rumo algum para a existência. E sabe desde sempre. Não deve ser fácil não fazer nenhum sentido eternamente.

O ser humano é um fanfarrão, e é um ingênuo. Convencido de sua própria grandeza, acredita ser a obra-prima da Criação. Foge covardemente da sua angústia, driblando sua condição miserável e impotente, vivendo como o protagonista de um espetáculo particular sem roteiro muito definido. No fundo somos todos imortais, pelo menos enquanto não paramos de respirar.

Ou até que nos visite a caveira entediada, batendo ponto no serviço.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O surto

Sabe que eu cansei? Cansei de não-reclamar.

Hoje eu tava pensando naquela louca da Colheita Feliz eu-sou-portadora-de-esquizofrenia, na doida me-dá-meu-chip-Pedro, no povo desses reality shows que choram e gritam por uma vírgula, enfim, em todas essas pessoas que surtaram em momentos banais, embora eu acredite que o escândalo todo nunca seja por algo banal.
Acredito que seja só a gota d'agua, aquele momento de dizer "não importa que é o culpado, eu quero que todo mundo vá a merda".

O problema é que a maioria das pessoas não sabe que antes de surtar, aquela pessoa aguentou um monte. Não interessa o quê. Foi chifrado, perdeu uma promoção no trabalho só porque o chefe escolheu um amigo, bateu o carro, a casa inundou, está longe das pessoas que ama, o cara que gosta vai se casar, a mãe morreu, WHATEVER!

O momento do surto pode ser qualquer um. Você andando na rua, puto da vida por algum problema, e uma pessoa te esbarra. Pronto, no segundo depois você está no chão aos tapas com uma pessoa qualquer que não tem nada a ver com a sua vida. Você entra em uma lanchonete, o lanche veio errado? Pega o hamburger, esfrega na cara do atendente e diz "EU QUERO O MEU DINHEIRO" e pronto.

Alívio.

Você, que aguentou aquele monte de merda, mas um sanduíche errado você não pode aguentar. A briga não é nem pelo sanduíche em si, que se dane o dinheiro perdido. Simplesmente era a hora de dizer chega. Quando você se entope de raiva e energia e seu único objetivo é fuder todo mundo. Quando você é oficialmente tido como louco. A escória da sociedade.

Tô quase lá.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Juliana

O que eu acho de mais interessante sobre a vida é como os caminhos são traçados. Nossas escolhas, nossas prioridades, nossas futilidades, nossos anseios... tudo se encaixa tão perfeitamente, mesmo que às vezes não pareça se encaixar, que cada vez mais me conveço de que nada é por acaso.

As pessoas que você conhece, as conversas, uma bebida que você escolhe tomar ou não. Um olhar que você recebe que te faz tremer. Um gesto que aparentemente não significa nada, mas que faz o seu dia melhor. Um filme que você assiste e que simplesmente muda tudo o que você pensa sobre relacionamentos e sobre o que você pensava que sabia sobre eles!

Sei que posso ser uma eterna romântica-cheia-de-clichês e brigar comigo todos os dias por ser assim, mas hoje não! Hoje eu simplesmente quero aplaudir de pé todas estas pessoas que se entregam, que esperam sempre mais e que, no fim, ainda se surpreendem. São estas pessoas que me inspiram a ser quem eu sou e como eu sou.

Me magoar? Sim, é inevitável...
Mas quem disse que os que não se magoam são mais felizes?

Eu sou feliz porque dou minha cara a tapa.
Porque não tenho vergonha de dizer, de pensar, de agir...
Porque sou eu mesma, com minhas manias, minhas chatices, minhas expectativas, meus medos, meus defeitos... sou feliz porque posso ser várias Juliana's sem me arrepender de ter sido todas elas, ou nenhuma delas.

Quem não gostar... well, que aperte logo o ctrl+w.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Thank You

(Alanis Morissette)

Que tal eu parar de te culpar por tudo?
Que tal eu aproveitar o momento uma vez na vida?
Que tal eu me sentir bem finalmente perdoando você?
Que tal sofrer por tudo de uma só vez?

Que tal eu deixar de ser masoquista?
Que tal eu lembrar da sua divindade?
Que tal seus olhos chorarem desavergonhadamente?
Que tal parar de associar a morte ao fim?


sábado, 18 de setembro de 2010

Só de sacanagem

É incrível como cada vez mais eu sou obrigada a me questionar se sou eu e o meu jeito de pensar que estão errados ou se é a sociedade mesmo que está cada vez mais perdida e os valores cada dia mais invertidos.

Eu não vou me adaptar.
E só de sacanagem, mais honesta ainda eu vou ser.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Simples assim!

Será que os políticos realmente acreditam que essa poluição audiovisual vai ganhar votos?? Ganha voto quem se preocupa com o bem estar da cidade e das pessoas que vivem nela. Mostrem algum respeito pelos seus eleitores e parem com essa putaria de bandeiras e carros de som!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Por que tu não tem namorado

Às vezes eu preciso escrever, mas não sei exatamente o quê. Aí leio, pra ver se bate aquela inspiração. Hoje fiz isso, mas ao me deparar com o texto que se segue, vi que minhas palavras são desnecessárias. Extraído do site CarasComoEu


Por que tu não tem namorado


Perguntaram pra mim: "Por que eu não tenho namorado? Algo em mim repele os homens? Sou uma mulher embargada? Há uma placa de 'proibido estacionar' em minhas costas? Me diga!". Olha, eu não sei porque não tem namorado. Honestamente.

Poxa, come batata frita, torta de limão, churrasco e trufa de leite condensado. Ok, a alcunha de magricela, cabo de vassoura ou Olívia Palito nunca lhe serviram, talvez. Urros sobre sua suposta suculência não têm advindo de prédios em construção, quiçá. Quem sabe não fica bem de "tomara-que-caia", tropica no salto agulha, não combina numa minissaia. Mas desbanca a miss Venezuela num vestido primaveril, pisando numa rasteirinha prateada, com o cabelo preso naquele lápis cor-de-rosa, soprando a franja pra cima no calor. Não vai me acreditar, mas tu é bonita.

Tu passa longe de uma Fernanda Young, uma Lya Luft, uma Sandra Werneck. Mas tu é inteligente à sua maneira. Assiste novela, mas não comenta a vida dos personagens. Gosta da Clarice, da Cecília, da Martha. Curte o Tom, a Adriana, o Nando, a Zizi, o Cazuza. Trabalha, suspira, trabalha, checa as unhas, trabalha, sonha, trabalha, belisca uma água-e-sal, trabalha e um colega te olha. E te acha bonita idem. E também se intriga com tua solteirice.

Tem princípios iguais os da mãe. Mas se acha careta, às vezes. Não cede, mesmo só. Adora sexo, embora não faça com a mesma frequência do desejo. Se faz não vibra na mesma frequência que o parceiro. Sente raiva por ser secretamente boba, romântica e demodê. Se derrete mais rápido que o sorvete napolitano na xícara de sopão quando a mocinha diz "você me fez acordar com um sorrisão no meu rosto". Chora na frente de ninguém, ai de ti se mais alguém souber. E você não vê a hora de um príncipe encantado por ti libertar esse riso largo atrofiado, mas sabidamente bonito.

Tem suas esquisitices. Dorme de edredon e ventilador, coleciona esmaltes, cerra as pernas quando sentada e fica coçando o joelho com uma das mãos enquanto a outra segura a cabeça pelo queixo, ensaia dança do ventre pro espelho do banheiro, faz duas vezes antes de pensar, tem uns "nhe-nhe-nhê" de mulherzinha, mas qual não tem? É até bem charmoso. Nada tão relevante quanto sua forma meiga e carinhosa de perguntar "tu tá bem?". Nada mais importante que teu ímpeto de cuidar dos outros. Nada que mude minha convicção de que tu é bonita.

O que te falta? Falta tu mesma se convencer do que te falo com certeza. Tu merece alguém que abra os olhos diariamente e pense: "cara, eu tô com ela, eu sou o namorado dela!". Que goste da tua boca, do teu ombro, do teu cabelo bagunçado, do teu calcanhar, da tua cintura, das tuas mãos, do cheiro da tua pele, das sardas do teu rosto. E isso vai acontecer naturalmente ao você se dar conta de que tu é bonita, no âmago e na lata. Eu acho, teu ginecologista também, o colega de trabalho assina embaixo. Um dia serás o amor da vida de alguém, do jeitinho que tu é. Falta tu. Acorde hoje e repita: "eu sou bonita".

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Question!





















É melhor fazer as coisas acontecerem ou
deixar que elas simplesmente aconteçam?