segunda-feira, 11 de maio de 2009

ESTAMIRA



Hoje fui contemplada com a oportunidade de assisir ao filme/documentário Estamira. E como fiquei encantada com ele, o documentário, e com ela, a protagonista.

Estamira é uma mulher que vive num lixão no Rio de Janeiro. Possuidora de uma incrível articulação para a fala, ela constrói uma narrativa que, apesar de parecer distoricda e totalmente ilusória à primeira vista, é cheia de verdade e conhecimento. Estamira divaga sobre o homem em sua pior forma, na forma de mentiroso, hipócrita, "esperto ao contrário", assaltante. Divaga sobre sua descrença em Deus, sobre a química do lixão, sobre o atendimento médico que recebe, sobre sentimento e emoção. Tudo acompanhada de muito humor, raiva, choro e gritos, simultaneamente.

Estamira é filósofa, guerreira, louca, lúcida e feiticeira, Estamira é várias mulheres em uma. Ela é o que é e não abre mão disso. O documentário acaba com ela em frente ao mar, dizendo:

"Sabia que tudo o que é imaginário existe? E é? E tem?"

Diante disso, fica a pergunta:
Quanto de loucura há na suposta lucidez e quanto de lucidez há na suposta loucura?

terça-feira, 5 de maio de 2009

NOVA CARA

Mudei o layout completamente e o blog tá com outra cara.
Gostaram?

ALGUMAS PERGUNTAS

Fiz um texto sobre mim mas decidi que não quero colocá-lo aqui. Caí em tantas contradições e nem sei mais se concordo com o que escrevi a minutos atrás. Tenho medo de que o que eu escrevi seja só minha vontade ser o que está ali no papel. Tenho medo de que eu realmente seja aquilo o que escrevi. Tenho medo de tentar me definir e parecer limitada. Tenho medo de descobrir que na verdade eu não me conheço e que nem sobre mim sei escrever. Tenho tantos medos e ao mesmo tempo tenho tanto pra não temer.

O que há de tão contraditório na existência?
O que há de tão real na contradição?
Por que há tanto limite na definição?

Será que somos todos compostos disso? Carne, ossos, órgãos, correntes elétricas e poeira estelar?
Hoje, sou só perguntas... quem sabe amanhã, respostas.

domingo, 3 de maio de 2009

NUVENS


Eu vivo nas nuvens. Acho que a realidade não é pra mim. Dizem sempre que é melhor eu descer, que as nuvens não são lugar para as pessoas crescidas viverem. Eu apenas sorrio pra estas pessoas e para os seus conselhos. Talvez algum dia, eu disse talvez algum dia eu desça. Mas eu sei que nunca irei. Realidade não é pra mim. Prefiro ficar aqui por cima, a visão é de tirar o fôlego.