quarta-feira, 26 de agosto de 2009

GRITOS

Há pouco tempo, o Gabriel começou a gritar. Sim, a gritar. Fiquei me perguntando onde ele havia aprendido isso. Será que foi no convívio, me vendo gritar de brincadeira? Ou isso não tem nada a ver?

Ser mãe de primeira viagem tem dessas coisas. De repente seu filho começa a fazer algo e você não sabe lidar com aquilo. Os gritos se encaixam nesse quesito. De verdade, eu não fazia ideia que um bebe pudesse gritar com tanto vigor. E o mais interessante é que não existe um manual onde a gente possa olhar e descobrir a resposta para esse comportamento.

Às vezes acho que os gritos funcionam como uma forma de chamar a atenção. O Gabriel quer que eu olhe pra ele, brinque, coloque no colo, saia com ele pela casa afora… E, não muito raramente, ele grita porque está irritado, com sono ou entediado.

A maternidade aprimora o simples exercício da observação. Não dá para concluir que ele está berrando apenas porque quer fazer birra. Existe uma porção de significados. E é preciso perceber, ponderar, seguir a intuição.

Hoje cedo, enquanto eu trocava minha roupa, coloquei o Biel no berço. Em menos de dois minutos, o quarto se transformou em um caos. Ele berrava e jogava tudo no chão. Respirei fundo, carreguei "a fúria" pra minha cama, espalhei os brinquedos e deixei que ele ficasse ali a me observar. Sucesso! Eles se acalmou na hora. Só queria, afinal, ficar perto de mim. Mas, vale saber, essa fórmula não funciona sempre.

Como eu disse é um aprender constante. E um perceber também.