terça-feira, 8 de setembro de 2009

NÓS POR NÓS MESMOS

Eu tava pensando aqui comigo mesma, agora mesmo, e resolvi escrever, já que sobrou um tempinho nessa manhã. Então, eu tava pensando aqui comigo, no porquê de sempre jogarmos a responsabilidade de ser feliz em cima de algo ou de alguém. Nunca dá certo, tudo sempre se desfaz e a gente fica parecendo pequeno demais diante de tanto sonho, de tanta vontade, de tanto sentimento, de tanta expectativa. Não paramos pra pensar que talvez o problema more aí, em jogar a responsabilidade de ser feliz no outro. Não pode ser assim.

Que tal simplificar?

Ninguém é responsável por ninguém, muito menos por seus sentimentos. Ninguém tem esse direito sobre as pessoas, de fazer brotar algo onde o solo simplesmente não é fértil. Não é assim. Sabe o que me faz acordar todas as manhãs com um sorriso estampado na cara? Saber que EU tenho a responsabilidade de ME fazer feliz. Eu tenho a obrigação de ME sentir bem, de ME realizar, sem precisar depositar esse dever em alguém. Por isso, tome nota aí, você é responsável por aquilo que sente. Seu coração, sua vontade, seus sonhos, sua vida, são só seus e de mais ninguém. Isso mesmo. No fundo, lá no fundo, a gente sempre tem culpa. E que bom que a culpa é nossa. Pelo menos podemos NOS perdoar sem depender do outro. (Chega de depender do outro!). A gente se perdoa e pronto, instantaneamente as coisas se resolvem.

Afinal, nem tudo pode ser como a gente quer, nem tudo sai como a gente espera, mas isso não quer dizer que não valha a pena.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A DESPEDIDA

"Eu estou indo" - disse o Medo, arrastando a sua mala para o corredor.
"Isso significa que eu não terei mais medo?" - perguntei.
"Não é bem assim" - disse o Medo, "a Apreensão decidiu ficar".
Eu sorri, desejei ao Medo tudo de bom e o olhei abrir a minha porta da frente, bastante anisoso.
"Talvez algum dia te veja novamente" - disse ele quase sorrindo enquanto se dirigia para o táxi.
"Talvez" - eu disse, não querendo ser rude.
E então ele se foi.

Fechei a porta, respirei fundo e sorri, apreensivamente.