domingo, 25 de julho de 2010

Ser

Esses dias estive pensando muito sobre o peso da existência, sobre a morte, sobre a vida... sobre todas essas coisas que nos cercam completamente mas nunca paramos para vê-las e refletir sobre elas. Pois bem, não sei exatamente o por quê, mas estive pensando...

Estive pensando em como somos breves. Em tudo. Raramente nos aprofundamos em algo, raramente nos mostramos por inteiro, raramente assumimos nossas verdadeiras vontades e desejos e acabamos por viver assim, uma vida breve, sendo vivida brevemente. Escola, faculdade, emprego, casamento, filhos, netos, limitações... Gastamos o nosso (curto) tempo nos polindo, nos limitando e, pior, achando que é isso mesmo que devemos fazer. Não é. Sei que posso negar aqui anos de existência, mas, sinceramente, não acredito que o homem viva da forma como deveria.

Posso parecer hipócrita dizendo isso, já que sou dessa espécie e também vivo assim, mas não é bem hipocrisia. É vontade de mudança... que não consegue sair do papel. Não sei o quê fazer ou como fazer ou com quem fazer. Sei que algo deve ser feito. E acho que o primeiro passo a ser dado é esse, o resto vem com o tempo...vem a partir das atitudes que escolho tomar, das pessoas que escolho ouvir, dos valores que transmito e acredito. E eu acredito muito na transparência, nos sentimentos, na "insustentável leveza do ser" (Kundera, 1984).

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