quinta-feira, 24 de abril de 2008

(SOBRE)VIVÊNCIA

Não...
Nunca foi tão simples me decifrar.
Sou neta, filha, mãe, irmã, namorada, amiga.
Sou mais do que é ser mulher.
Mais do que rasgar o verbo, gritar.
Mais do que explorar as emoções até que elas me cansem - ou eu me canse delas.
Até me assusto, surpreendida com o que percebo em mim.
Tantas e quantas vezes o que parece óbvio é um mistério indecifrável.
É como se o peso das correntes tivessem o poder de me libertar.
Ou o que parecesse fraqueza, pudesse ser minha vontade de ter forças.
Sou tantas e quase nenhuma.
Amor e ódio.
Exclamações e interregações.
Eu já fui mais clara. Mais vítima das minhas agonias.
Eu já fui mais ansiosa por respostas tolas.
Eu já fui mais as pessoas. Os sonhos. O porque. O porém. O tudo. O nada.
Hoje - desesperadamente, necessariamente - eu sou aquilo que preciso.
Aquilo que num tropeço, perco.
E na força, encontro.

Um comentário:

Leonardo Motta disse...

Nossa, é muita coisa junta, muito sentimento, que querendo ou não só resta esperar pra se encaixarem, equilirarem... Faz sentido? Só sei que esse post me fez pensar... Em como você e todo mundo é.